sábado, 2 de junho de 2007

...Imersa em devaneios

Divido uma taça de vinho com a noite
meu corpo repousa aquecido pelo sangue que fervia em momentos de extase
Em meu repouso sem lápide
minhas pálpebras fechavam-se, indo de encontro aos devaneios...
Vi seus lábios beijarem a lua
e eu desejava beijá-la também...
Minhas mãos tocavam seus cabelos
e meus lábios apertavam com maciez os seus
O vinho toca doce em minha língua
E acordada nesta noite
Sei que foram apenas devaneios
Devaneios que sempre me encontram na noite de minha mente inquieta
No escurecer de meus olhos abertos
Nas palavras que murmuram meus lábios fechados
...
Assim que levantei-me de meu breve repouso mortal
Pude vê-la vestindo prata, iluminando o céu ainda negro.
O frio era intenso e passava por mim, serpenteando meu corpo desprotegido...
É quando existe distância que podemos estar mais próximos
Na distância, nesse espaço corrosivo de tempo, permaneço em minha sedutora escuridão
Podendo desvendar-me por inteiro
Sem luzes a ofuscarem meus olhos
Somente sua imagem a perfurá-los
Enchendo-os com toda sua poesia
Para depois novamente... deixar-me só
entre as rosas lúgubres de meus únicos sonhos!









Um comentário:

conde cast disse...

"...é quando existe a distância que podemos icar mais próximos..."
Falar mais prá quê!? Dá até prá imaginar que estamos em plena noite, recebendo dela sua energia vital... Só faltaria brindá-la com uma taça de cristal repleta de vinho!
Adoro tuas poesias, pequena vampira notável! Estarei sempre por aqui prá visitar-te.
Fique bem e na paz de nossa amada Noite... Fui!!!

morcegOsmar