domingo, 30 de março de 2008

Uma sombra na noite...
Vapor de luz no vidro em chamas
Nuvens negras em frente aos olhos
Nas costas... a parede vermelha..o sangue na lâmina que anseia os pulsos...
A rosa a secar, intocada
..como o frio que me consome...

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Eu...

Um tempo perdida... afastada de mim...
Vagando como um fantasma por entre os dias...
Quero voltar para a escuridão das noites... das minhas palavras e sombrios sentimentos...
O que sentir e ansear? O que pensar e agonizar?
O que e como mesmo viver?
Há padrão ou definição?... não, não há
O que me vale é o que sinto...
E eu vivo o que sinto... intensamente...
Sem contagem de ponteiros...

De mim,,, para você.

" Eu gosto do seu corpo
eu gosto do que ele faz
eu gosto de como ele faz.
Eu gosto de sentir as formas do seu corpo, dos seus ossos
De sentir o tremor firme e doce de quando eu lhe beijo...
E volto a beijar
E volto a beijar
E volto a beijar"



( E.E Cummings, citado por Ana Carolina, Estampado... )

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Diário a céu aberto....

Observo tudo ao redor...
minha mente gira
Contemplo as flores lilases e recordo momentos...
Momentos escritos em mim...
Uma tristeza imensa querendo me dominar sob o céu cinza...
olhos tristes por sentir como as pessoas criam barreiras entre si
por sentir como elas tornam o mundo assim...
Espalhando espinhos para cortar,
derramando seu próprio sangue...
Guerra, dor, desrespeito...
tudo criado para destruir, se destruir...
E quando isso vai parar?
Quando vão SER humanos?
Quando vão se permitir amar?

Guardo-te em meu olhar...
Quando irei te ver de novo?

( essa é a pergunta que me atormenta quando o sol retorna... És meu refúgio )

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O tempo .... devora.

Seus olhos permanecem no gélido oceano vermelho que me envolve...
Com o manto de estrelas que é o céu noturno, eu me visto...
Sinto-me forte quando me entrego a noite,
fantasiando suaves lábios quentes devorando-me...esqueço-me de todo o tempo.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O céu..Um espelho noturno.

Não consigo deixar de ansear por seus lábios suaves...e furiosos
Sua pele clara em contraste com as vestes negras...
Os olhos que fixam-se nos meus
E as canções levam-me...
Aterrorizando-me na solidão
..que é um mar negro
como seus cabelos que tocam-lhe os ombros lívidos...
A noite, para mim, é mais um espelho que reflete os sonhos
Um céu onde posso rabiscar imagens
Onde posso entregar-me...
A loucura que eu mesma me condeno...

Momentos...

Por alguns momentos
em uma doce canção
você pode observar as pessoas
...e olhá-las nos olhos
e encontrar o conforto que procura
...Mas, nos próximos segundos gelados...em que talvez não exista mais canção
ou que ela soe distante...
Todos os olhares parecem tornar-se fixos, e distantes
...Distante dos sentimentos
...longe de qualquer suavidade
E isso deixa triste o coração de quem observa e quer transmitir tudo o que tem de mais doce e suave...
seria tão bom deixar-se entregar... e encontrar olhares que retornam...